
Este relato foi contado por minha tia.
Isso aconteceu pouco antes de eu nascer, quando minha família ainda morava na Praia Grande-SP.
Certa vez, minha tia e minha mãe estavam em casa lavando roupa. A lavanderia ficava no corredor que dava acesso ao portão da rua.
Após um tempo, uma senhora de vestido vermelho apareceu no portão de casa, ficou encarando minha tia e minha mãe e começou a falar:
– Fia, abre aqui pra mim, fia. Deixa eu entrar.
– Como assim abrir, senhora? Não podemos abrir o portão pra você.
– Abre, fia, por favor, deixa eu entrar.
E minha tia insistindo, falando que não poderia abrir o portão:
– Não posso senhora, não temos a chave, não tem como abrirmos pra você.
A senhora então, sem falar mais nada, foi embora. Minha tia e minha mãe esperaram alguns segundos e foram correndo para o portão para ver onde a senhora estava indo. Ao abrirem o portão e olharem para a direção onde a mulher tinha ido, não encontraram nada. A mulher simplesmente tinha desaparecido. E não tinha como ela ter sumido tão rápido, pois a rua era comprida demais.
Elas viram a vizinha sentada na frente da casa dela. Então perguntaram:
– Você viu pra onde a senhora que estava pedindo pra entrar aqui no portão de casa foi?
A vizinha responde:
– Estou aqui há um bom tempo, e não vi nenhuma mulher no portão de vocês.
Minha tia e minha mãe ficaram muito assustadas neste dia, deixaram o portão trancado o dia inteiro com receio de que esta mulher voltasse.
Quem será que era aquela mulher? Por que a vizinha não tinha a visto? Será que era um espírito? um demônio? O que será que teria acontecido se tivessem deixado esta senhora entrar?